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ENTREVISTA DA PSICÓLOGA CARINA FRAZZATO

  • Foto do escritor: Fala Sério Eletiva
    Fala Sério Eletiva
  • 2 de jan. de 2018
  • 2 min de leitura

Carina Frazzato, 32 anos, de Marialva-PR, é psicóloga, doutoranda em Psicologia Social pela PUC-SP.

Ela encaminhou uma entrevista por áudio para a equipe da disciplina eletiva “Escola de robótica - Rádio TecShow”. A gravação foi ao ar para a comunidade, está disponível na página da rádio (www.facebook.com/RadioTecShow) da escola e seu conteúdo foi transformado na matéria que segue.

Formada já há dez anos pela Universidade Estadual de Maringá, onde também concluiu seu mestrado, disse que escolheu essa profissão desde os seus 14 anos de idade, após ter lido o livro “O diário de um adolescente hipocondríaco": o comportamento do personagem despertou nela a curiosidade em saber o porquê de ele agir daquela forma e como poderia ser ajudado. A partir de então, começou a pesquisar sobre a área da psicologia.

Sobre o curso de psicologia, ela informou que a graduação é realizada em cinco anos e é bastante variado. À sua época, os formandos concluíam o curso aptos a atuarem em três áreas: a psicologia escolar, a psicologia do trabalho e a psicologia clínica.

“Assim que eu me formei, eu fui trabalhar na área da saúde. Eu fiz um concurso e passei para trabalhar numa Prefeitura e comecei a trabalhar na Secretaria da Saúde, onde atuei como psicóloga clínica, atendendo pessoas que procuravam ajuda por algum transtorno que estavam sofrendo e que não era um sofrimento físico. Também atuei num CAPS – Centro de Atenção Psicossocial.”

“O sofrimento psíquico é aquilo que a gente chama de “angústia”, “depressão”, enfim, às vezes nem mesmo chega a configurar uma doença como a depressão, mas é algo sentido pela pessoa, que começa a se sentir triste, ter um outro tipo de comportamento, ouvir vozes que não existem, perder o ânimo...”.

Seu mestrado na Universidade de Maringá teve duração de dois anos e, durante esse tempo, ela conta que pesquisou sobre a vida de pessoas que moravam em hospitais psiquiátricos. O tema de sua pesquisa foi “Moradores de hospitais psiquiátricos”. Encontrou histórias de pessoas que viveram até 30 anos em hospitais psiquiátricos. Ela fica feliz pela política atual do país, que combate contra essa situação.

“Hoje, no Brasil, nós temos uma política de saúde mental em que as pessoas com um sofrimento psíquico muito grave têm condições de receber um suporte forte para que possam conviver em sociedade.”.

Atualmente, Carina está cursando seu doutorado em psicologia social pela PUC-SP. Ela deu início a esse curso em 2014, ele tem duração aproximada de quatro anos, e o seu foco de estudo é em como tratar as pessoas com problemas psíquicos sem isolá-las da sociedade.

Dentro do seu curso de doutorado, ela fez um estágio na Universidade de Montreal, na província de Quebec, no Canadá.

“Eu passei 5 meses para conhecer como os profissionais do Canadá atuavam para dar atendimento às pessoas com sofrimentos psíquicos naquele país. O que eu descobri é que lá existe uma corrente muito forte para que se forneçam ferramentas para que a pessoa com problema psíquico grave tenha qualidade de vida sem estar isolada do meio onde vive”.

“Para mim, é muito gratificante ver que, com o meu trabalho, as pessoas melhoram, elas conseguem conviver melhor com outras pessoas a sua volta”.

Por fim, Carina agradece a oportunidade de relatar experiências e se põe à disposição para responder a perguntas dos nossos leitores.


 
 
 

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