ENTREVISTA COM A TUTI, DIRETORA DA RÁDIO SUPER DIFUSORA DE ITAPETININGA
- Fala Sério Eletiva
- 23 de dez. de 2017
- 4 min de leitura
Os alunos da disciplina eletiva “Escola de Robótica – Rádio TechShow” visitaram a Rádio Super Difusora de Itapetininga e entrevistaram sua diretora, Cristine Abrão Morelli, mais conhecida como Tuti. O vídeo da entrevista está disponível na página da rádio no facebook (www.facebook.com/RadioTecShow). Abaixo segue a transcrição da entrevista.
1) O que despertou o interesse na senhora em trabalhar numa rádio e há quanto tempo trabalha nesse ramo? “A minha família já está no rádio há mais de 35 anos. Na verdade, quando meu pai falou para eu vir para esta rádio, não tinha despertado uma vontade, uma paixão de trabalhar, se você falar assim para mim: - Você escolheu? - eu não escolhi, mas hoje eu não consigo viver sem! Então ele me falou que eu tinha essa oportunidade, eu quis fazer por causa da família já trabalhar em rádio, mas eu amei, eu comecei a 17 anos atrás – eu à frente da rádio a 17 anos atrás – e eu sou completamente apaixonada pela rádio! Até hoje é uma paixão que se renova a cada dia.”.

2) Conte-nos um pouco sobre os trabalhos da Rádio Super Difusora de Itapetininga. “A gente tem programação ao vivo desde às 5 horas da manhã com o nosso querido Zé Vicente, aí a gente tem comunicadores locais até o final da tarde. A gente preza muito por fazer uma rádio de Itapetininga; a gente pega em várias cidades da região, mas a gente toma esse cuidado de ter bastante programação local, por exemplo, vocês que são jovens: se quer uma música, pega em qualquer lugar no celular ou no computador...o rádio, o comunicador, não...então a gente preza muito por isso: o comunicador da cidade está aqui, vai falar do seu bairro, da sua casa, da Sabesp, da Prefeitura, de tudo o que a gente vive. Então, qualquer trabalho que a gente for fazer, eu sempre tento ver se isso serve para Itapetininga, não adianta servir só para mim, não adianta servir só para a rádio, tem que servir à comunidade, que a rádio tem que fazer esse serviço, qualquer trabalho, qualquer comunicador, qualquer coisa que a gente coloca na rádio é em função do ouvinte, tanto que a rádio tem um slogan: “Feita para você!”, porque a gente quer que as pessoas sintam mesmo que a rádio foi feita para cada um deles.”.
3) Em sua opinião, qual a principal contribuição da rádio para uma sociedade? “Antigamente a gente achava que a rádio era só o entretenimento e a alegria de tudo, né? Mas a rádio hoje em dia, não, a rádio também faz um trabalho social, por exemplo: enquanto eu estava esperando vocês montarem, a gente estava resolvendo uma situação de uma paciente e transporte de saúde para outra cidade, a gente busca cestas básicas, tem muitos programas aqui que correm atrás de cestas básicas e eu quero contar para vocês uma coisa que a gente fez hoje, que foi uma campanha, eu ajudo na LATA - eu quero até pedir apoio de todo o pessoal da Ernesta, para vocês me ajudarem também nisso: a gente junta lacres de lata – latinha de refrigerante, de cerveja – o que a gente faz? A gente junta o máximo possível e manda para a Unimed, a Unimed vende e compra cadeiras de rodas para a gente poder ajudar as outras pessoas. Agora em dezembro, a gente está recebendo mais uma cadeira de rodas, já é a segunda que a gente ganha e a escola Ernesta pode me ajudar nisso ano que vem. Então, esse é um serviço que a rádio, quando está colocada só em rede, está lá em Bandeirantes – a gente tem Rádio Bandeirantes, mas a gente coloca em certos horários, horários de futebol, mas se eu ficar o dia inteiro com Rádio Bandeirantes, eu deixo de prestar esse serviço que é tão importante para a cidade, que é tão importante para as pessoas participarem de tudo, por exemplo, vamos supor – que ninguém precise aqui – mas se, na família de alguém, alguém precise de uma cadeira de rodas, lembrar que um dia teve uma campanha aqui na rádio e pode vir aqui buscar, que a gente empresta, a gente faz esse ciclo: a gente tem cadeiras de rodas, cama hospitalar, muitas doações. É só uma rádio que é genuinamente itapetiningana, da cidade, que consegue fazer um trabalho como esse.”.

4) Deixe uma mensagem para os ouvintes da rádio escolar da escola Ernesta Xavier Rabelo Orsi. “Ah, que belezinha! Eu adorei que vocês vieram aqui na rádio. Quando a professora Suely me ligou, eu falei: é legal que vocês vejam como que é a rádio funcionando, não que a rádio da escola não seja de verdade, é de verdade, mas não está todos os dias no ar, então aproveitam o que vocês estão ouvindo agora, que é a rádio estar no ar na escola, que isso é vivência, isso é vocês conhecerem todos os tipos de trabalho, você saber como se faz a rádio na escola Ernesta, como se faz a rádio aqui na Rádio Super Difusora, vocês conhecerem...tem coisas que ninguém tira da gente, uma delas é educação e conhecimento. Eu falo assim: eu amo o meu trabalho, eu amo as coisas que eu conquistei, mas se amanhã eu perder tudo, não tem problema, porque eu tenho conhecimento e eu vou correr atrás de alguma coisa. Então, vocês estão numa fase muito esponjinha, catem tudo o que vocês puderem catar de informação, que isso vai ser bom para a vida de adulto de vocês. Parabéns à iniciativa da escola, da professora, do professor, dos alunos estarem fazendo essa rádio – eu sou suspeita de falar de rádio porque eu sou apaixonada por rádio – se vocês conseguirem lançar um apaixonado por rádio aqui que venha a trabalhar um dia em rádio, vai ser muito legal e muito bom para Itapetininga também. Muito obrigada!
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